Poucos são tão sensatos que prefiram a censura que lhes é útil, à lisonja que os atraiçoa.
Frases Filosóficas
A felicidade e a desgraça dos homens dependem em partes iguais da sua disposição de espírito e da fortuna.
Se não nos lisonjeássemos, a lisonja dos outros não poderia aborrecer-nos.
É mais difícil impedir que nos governem que governar os outros.
A lisonja é uma moeda falsa que só tem valor devido à nossa vaidade.
A fortuna corrige vários defeitos que a razão não saberia corrigir.
A natureza cria o mérito, a fortuna põe-no em ação.
A arte de bem saber utilizar qualidades medíocres desencadeia a estima e dá mais reputação que o verdadeiro mérito.
Por mais aparatosa que seja uma ação, ela só deve passar por grande se for fruto de um grande desígnio.
O mundo recompensa muito mais as aparências do mérito que o próprio mérito.
O nosso mérito atrai a estima das pessoas de bem, o a nossa estrela a do público.
Habitualmente, só louvamos para ser louvados.
Fazemos, muitas vezes, louvores envenenados que revelam, pelo avesso, certos defeitos daqueles que louvamos e que não ousaríamos denunciar de outra forma.
É mais por estima pelos nossos sentimentos que exageramos as boas qualidades dos outros, que pelo seu mérito, e apenas desejamos receber elogios quando aparentamos dá-los.
O amor da justiça é, na maior parte das vezes, tão-só o medo de se sofrer injustiças.
A prudência é tida como uma grande virtude. No entanto, não nos protege.
A reconciliação com os nossos inimigos deve-se apenas ao facto de querermos melhorar a nossa situação, ao cansaço da luta e ao medo de algum acontecimento que nos seja desfavorável.
O que nos torna tão inconstantes nas nossas amizades é a dificuldade que temos em conhecer as virtudes da alma e a facilidade com que conhecemos as do espírito.
A marca de um mérito extraordinário reside em perceber que quanto mais se inveja mais se é obrigado a fazer elogios.
A maior das ambições não parece sê-lo quando encontra uma barreira intransponível.