Hoje me acordei pensando em uma pedra numa rua de Calcutá. Numa determinada pedra numa rua de Calcutá. Solta. Sozinha. Quem repara nela? Só eu, que nunca fui lá. Só eu, deste lado do mundo, te mando agora esse pensamento… Minha pedra de Calcutá!

Pois Jesus lhe tinha dito: “Saia deste homem, espírito imundo!”

Uma das mudanças mais difíceis não é mudar a sociedade – mas cada um mudar por si.

No fim a gente acaba descobrindo que até a imaginação tem um teto. E muito baixo até.

O animal arranca o chicote das mãos do dono e chicoteia-se a si mesmo, sem saber que isso é apenas uma fantasia produzida por um novo nó na correia.

Exuberância é beleza.

Todo o cortejo é fúnebre.

Piedade? Hoje não. Talvez quando tinha um coração.

Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.