Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios.

Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia.

Era um homem que se entregava aos outros, capaz de outroísmos.

Desejo que o presidente eleito, seja ele quem venha a ser, possa reunir em torno do seu programa de governo uma sólida base parlamentar, como eu próprio, inspirado por Juscelino, procurei fazer.

Eu me sinto honrado por ter sido escolhido pelos céus para ser invencível.

As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal – pela mulher.

Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar contente com o mundo. Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas.

Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são verdadeiramente infinitos.

Uns homens sobem por leves como os vapores e gases, outros como os projéteis pela força do engenho e dos talentos.