Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.

Ele respondeu dizendo que entrassem na cidade, procurassem um certo homem e lhe dissessem: “O Mestre diz: O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa com meus discípulos em sua casa”.

Os pais que esperam a gratidão dos filhos (há até os que a exigem) são usurários que alegremente arriscam o capital apenas se receberem juros.

A ira gera o ódio, e do ódio nascem a dor e o medo.

Parece que o amor-próprio é enganado pela bondade e se esquece de si mesmo quando trabalhamos pelos outros. E, no entanto, é tomar o caminho mais seguro para atingir os seus fins# é emprestar a juros, a pretexto de dar# é, finalmente, conquistar todos de maneira subtil e delicada.

O escritor usa uma língua dentro da língua, uma pátria que ele inventa não para viver, mas para sonhar. Ele não se serve da língua, o criador literário é inventado pela língua. O que ele sabe são ignorâncias, ele é um especialista em ausências e silêncios.

Para que vieste / Na minha janela / Meter o nariz? / Se foi por um verso / Não sou mais poeta / Ando tão feliz.

A clemência, que passa por ser uma virtude, é, umas vezes, um ato de vaidade, outras, de preguiça, muitas, resultado do medo, mas é quase sempre a combinação dos três.

Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes.