Frases de Francisca Júlia da Silva

Das ondas a seguir a luminosa esteira, vão cantando, a compasso, as piérides em coro.

Olha este incêndio e pasma; aspecto belo e triste! Caminha agora a passo este deserto areoso.

Calma em tudo. Dardeja o sol raios tranqüilos.

Dorme sob o silêncio o parque. Com descanso, aos haustos, aspirando o finíssimo extrato.

Ouço e vejo o teu nome em tudo: ou nos ressolhos do vento, ou no fulgor das estrelas, radiante.

Tu és sempre o mistério, a luz que tenho diante do olhar, quando te imploro a piedade, de geolhos.

Lançam bênçãos de cima às largas caravelas que rasgam fortemente a vastidão do oceano.

A noite escuta, fulge o luar, gemem as franças.

Mar fora, a rir, da boca o fúlgido tesouro mostrando, e sacudindo a farta cabeleira.

Para marcar o mau caminho há sempre indícios, não há sombra que esconda a escura e hiante goela dos teus antros sem fundo e dos teus precipícios.

Moço, no seu viver errante e aventureiro, o peito abroquelou dentro de uma armadura.

Um trecho só de prosa, uma estrofe, uma frase que patenteie a mão de um requintado artista.

Um velho ibe somente arranca um raro piorno que cresce pelos vãos das lájeas de granito.

Bate na areia o sol. E, num sonho tranqüilo pompeia, ao largo, a alvura uma barca veleira.

Pompeia, ao largo, a alvura uma barca veleira.

Mergulha o teu olhar de fino colarista.

Escreve! Molha a pena, o leve estilo enrista!

Escreve!… Um céu ostenta o matiz da celagem onde erra o sol

Num recanto de bosque, a lamber os barrancos, espumeja em cachões uma cachoeira embaixo…

No amor, de que é rodeado, adivinha e presente o interesse que o move, o anima e o faz ardente.

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