Ao final de nossas longas andaças, chegamos finalmente ao lugar. E o vemos então pela primeira vez. Para isso caminhamos a vida inteira para chegar ao lugar de onde partimos. E, quando chegamos, é surpresa. È como se nunca o tivéssemos visto. Agora, ao final de nossas andaças, nossos olhos são outros, olhos de velhice, de saudade.

Na infância bastava sol lá fora e o resto se resolvia. 

Nunca terminem o dia sem assinar a paz. Às vezes penso nos casais que, depois de tantos anos, se separam. Talvez não tenha sabido perdoar a tempo.

E por que alguém se apaixonaria por mim? Por que alguém em sã consciência iria se interessar por um cara cheio de defeitos? Por que alguém iria aturar os meus dramas e minhas crises existenciais? Por que alguém seria capaz de aguentar toda a minha grosseria e falta de jeito? Talvez, eu seja mesmo complexo demais. Ou talvez, só talvez, eu não tenha nascido pra essa coisa de amar. É, deve ser isso.

Peço aos anjos que nos deixem a sós, pois o trabalho deles já foi feito.

Gostava dela, muito…Mais do que ele mesmo dizia, mais do que ele mesmo sabia, de maneira que a gente deve gostar. E tinha uma força grande, de amor calado, e uma paciência quente, cantada, para chamar pelo seu nome.

A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia.

A única lei da História é o imprevisto.

E quando todos os dias ficam iguais, é porque as pessoas deixaram de perceber as coisas boas que aparecem em suas vidas sempre que o sol cruza o céu.