Para mim, a expressão mais rica é a literatura.
Frases Filosóficas
O cinema dá-nos a possibilidade de, a partir da câmara, repor a vida além da Morte e simular a ressurreição, inclusive a dos grandes heróis da literatura.
“Não gosto até da palavra espectador. Ou melhor, da palavra eu gosto. Não gosto é do público, da palavra “”público”” é que não gosto muito. Porque públicas são as cadeiras do cinema; são públicas. Agora, as pessoas que se sentam nelas, são pessoas, verdadeiramente pessoas, e cada um é distinto do outro. Cada um é um ser autêntico, e, portanto, nem todos estarão aptos ou sensíveis a uma sinfonia, a um trabalho qualquer, seja de que ordem for.”
Às vezes acusam-me de que meus os filmes são muito falados. Ora, falados são os filmes americanos, e falam sem dizer nada. Ao menos os meus filmes dizem alguma coisa porque eu escolho textos ricos, bons, profundos, mais difíceis naturalmente. Mas a imagem é formidável.
O mundo é complexo, incompreensível, talvez não tanto para quem tem uma crença nalguma coisa firme, mas para aqueles onde a dúvida prevalece. E o que proponho é a dúvida. A dúvida é uma maneira de ser.
Corremos sem preocupação para um precipício, após termos posto uma venda para o não poder ver.
A arte de persuadir consiste tanto mais em agradar do que em convencer, quanto os homens se guiam mais pelo capricho do que pela razão.
Condição do homem: inconstância, tédio, inquietação.
A nossa natureza consiste em movimento; o repouso completo é a morte.
A opinião é a rainha do mundo.
É mais importante a saúde do que o dinheiro. Uma pessoa com saúde pode dormir na soleira de uma porta. E um ricalhaço doente pode não ter posição na cama.
Nenhuma arte simula a vida como o cinema. Todavia, não é uma vida. Também não é propriamente uma arte. Porque é uma acumulação, uma síntese de todas as artes. O cinema não existia sem a pintura, sem a literatura, sem a dança, sem a música, sem o som, sem a imagem, tudo isto é um conjunto de todas as artes, de todas sem exceção.
Quando se trata de julgar se a guerra deve fazer-se e matar tamanho número de homens, é um só que julga, e, ainda mais, o interessado.
A eloquência é uma pintura do pensamento.
Sou crente e tenho fé. Mas, ao mesmo tempo, sou abordado por um certo pessimismo e frequentemente me lembro de um provérbio russo que diz: o pessimismo é a conclusão do optimista.
“Não, não olho para o que fiz. Olho para o que vou fazer. Esta é a minha ocupação. Quando me perguntam sempre “”qual é o filme que gosta mais””, respondo: é o que vou fazer agora.”
A vida é um sonho um pouco menos inconstante.
Todas as boas máximas se encontram no mundo: só falhamos ao aplicá-las.
Somos todos escravos da tecnologia. Lembro-me da sabedoria desses grandes homens que viajavam pelo mundo e passavam por terras diferentes, diferentes línguas. Não conheciam e acabavam por conhecer aquelas gentes e os seus modos de vida diferentes, de um lado para o outro, até à China e por aí fora. Era admirável, não era? Hoje não, vai-se de avião, não se sente nada.
A vida não mudou absolutamente nada, é exatamente aquilo que era antes. O que evoluiu, que tem evoluído, e muito, é o progresso. O progresso é que evoluiu extraordinariamente.