Entre uma estrela e um vagalume o sol se põe.
Frases Filosóficas
Janela que se abre o gato não sabe se vai ou voa.
Amigo grilo sua vida foi curta minha noite vai ser longa.
Você deixou tudo a tua cara só pra deixar tudo com cara de saudade.
Eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço, só que do lado do avesso.
Que o breve seja de um longo pensar.
Que o longo seja de um curto sentir.
Sol com sol no teu aniversário um sol maior.
Era uma vez uma mulher que via um futuro grandioso para cada homem que a tocava. Um dia ela se tocou.
Atenção: Essa vida contém cenas explícitas de tédio. Nos intervalos da emoção.
Sou uma mulher polida vivendo uma vida lascada.
Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.
Voltando com amigos o mesmo caminho é mais curto.
A comida no estômago é como o combustível nas máquinas. Passei a trabalhar mais depressa. O meu corpo deixou de pesar. Comecei a andar mais depressa. Eu tinha a impressão que eu deslizava no espaço. Comecei a sorrir como se estivesse presenciando um lindo espetáculo. E haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer? Parece que eu estava comendo pela primeira vez na minha vida.
O negro só é livre quando morre.
Fui ficando triste. O mundo há de ser sempre assim: negro para aqui, negro, para ali. E Deus gosta mais dos brancos do que dos negros. Os brancos têm casas cobertas com telhas. Se Deus não gosta de nós, por que é que nos fez nascer?
Eu adoro a minha pele negra, e o meu cabelo rústico. Eu até acho o cabelo de negro mais educado do que o cabelo de branco. Porque o cabelo de preto onde põe, fica. É obediente. E o cabelo de branco, é só dar um movimento na cabeça ele já sai do lugar. É indisciplinado. Se é que existem reencarnações, eu quero voltar sempre preta.
Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de circos. Eles respondiam-me: – É pena você ser preta.
Um homem não há de gostar de uma mulher que não pode passar sem ler. E que levanta para escrever. E que deita com lápis e papel debaixo do travesseiro. Por isso é que eu prefiro viver só para o meu ideal.
No dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual: a fome!