Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Frases Filosóficas
Às vezes o que a gente procura, não é o que a gente procura. É o que a gente encontra.
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ela esquenta a papa do neto
Ele quase que fez fortuna
Vão viver sob o mesmo teto
até que a morte os una
até que a morte os una
Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
Do vizinho reclamar
E chamar polícia e médico
E o síndico do meu tédio
Pedindo pra eu cantar
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
Não há mais porta, mas também não tenho mais vontade de entrar.
Eu por mim sonhava com você em todas as cores, mas meus sonhos são que nem cinema mudo, e os atores já morreram há tempos.
E urgia compreender melhor o desejo que me descontrolara, eu nunca havia sentido coisa semelhante. Se desejo era aquilo, posso dizer que antes de Matilde eu era casto.
Ontem vi tudo acabado, meu céu desastrado, medo, solidão, ciúme. Hoje contei as estrelas e a vida parece um filme.
Sinto que, ao cruzar a cancela, não estarei entrando em algum lugar, mas saindo de todos os outros.
És pagina virada; Descartada do meu folhetim.
Mesmo com o todavia
Com todo dia
Com todo ia
Todo não ia
A gente vai levando
Quando chegar o momento, esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro.
As batidas do coração jamais deveriam se escravizar aos tiquetaques desencontrados de dois relógios diferentes.
E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer. A memória é uma vasta ferida.
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde
Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida