Poeta, por que choras? Que triste melancolia. É que minh’alma ignora o esplendor da alegria. Este sorriso que em mim emana, a minha própria alma engana.

Se você pode sonhar, você pode fazê-lo.

«A» está muito cheio de si, julga-se bem adiantado na bondade, uma vez que – evidentemente como um objeto cada vez mais sedutor – se sente exposto a um número sempre maior de seduções, que até então lhe eram totalmente desconhecidas. A explicação certa, porém, é que nele se instalou um grande demónio, e uma infinidade de outros, menores, que vão servindo o maior.

Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se leem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre.

O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até para nós mesmos.

O desamparo inicial dos seres humanos é a fonte primordial de todos os motivos morais.

Vou afastar-me de toda a gente até ao ponto de perder a consciência. Fazer de todos um inimigo, não falar com ninguém.

Os mártires penetram na arena de mãos dadas; mas são crucificados sozinhos.

Por quê? Para quê? Economiza os teus «porquê» e «para quê». Ou utiliza-os só até onde houver resposta. Porque a última resposta a eles é o impossível e o vazio. Ou então terás de mudar de universo. E estás cá tão bem…