O momento em que você se tornar miserável, você se fecha ao fenômeno básico da vida: a expansão, a partilha. O momento que você começar a se apegar às coisas, você perdeu o alvo. Porque as coisas não são o objetivo, o seu ser mais profundo é o objetivo, não uma bela casa, mas um bonito você.

Eu fui humilde demais e quase pisaram na minha cabeça.

Por tudo que o céu revela, por tudo o que a terra dá, eu te juro que minh’alma de tua escrava está!

As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano a fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, a quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta. 

A rapidez com que esquecemos é assombrosa.

Nós nunca sabemos bem o que a nossa memória vai reter – e não raras vezes damos por nós surpreendidos com uma recordação inútil, tirada de um filme série B ou apenas de um dia sem inspiração (mas que, apesar disso, nos repovoa sempre que determinada situação se repete).

Homens superficiais acreditam na sorte… Homens fortes acreditam em causa e efeito.

Ciumento: indevidamente preocupado com a preservação daquilo que só pode ser perdido se não valer a pena ser mantido.

Afinal de contas, talvez eu próprio estivesse, naquela época, a representar esse papel de amante, esse papel de vício revivificador. Mais do que a representar um papel, aliás: a personificar de facto um milagre na vida de alguém, salvando-lhe o casamento, oferecendo-lhe a oportunidade de proteger-se dos filhos durante uma noite ocasional, dando-lhe pelo menos uma de dezoito irrebatíveis razões para fugir de casa, ainda que por instantes apenas.