Nós somos felizes só por instantes. Temos medo de viver um grande amor. Estamos muito mais habituados a sofrer do que a ser felizes.

Para mim, a literatura é cartografia invisível. Através dela, tentamos encontrar sentido, referências para não nos perdermos no essencial. A meu ver, a literatura dá proporção, equilibra a memória, limpa o pensamento.

Seríamos os mesmos se soubéssemos o que nos espera para lá do espaço e do tempo?

A vida humana seria incomportável sem as ilusões e prestígios que a circundam.

Desperdiçamos o tempo, queixamo-nos sempre de que a vida é breve.

Como qualquer ferramenta, também a tristeza tem um uso próprio. Há campos que só conhecem a abundância depois dessa lavoura.

Às vezes não tenho vontade de escrever e é por não querer escrever nada que acabo escrevendo alguma coisa.

O viver multipolar entre o que se ama e o que nos comove, alimenta a vontade de sermos nós próprios sem afetar o amor do próximo.

Cada um é o único responsável pelas suas próprias necessidades. Só quem se ama pode encontrar em sua vida um amor de verdade.