O homem foi sempre mau; será mau até ao fim. A sociedade parece melhor do que foi, olhada coletivamente; é parte nisto a lei e grande parte o cálculo. Cada indivíduo se constrange e enfreia no pacto social para auferir as vantagens de o não romper; porém, o instinto de cada homem, em comunidade de homens, está de contínuo repuxando para a desorganização.

A boa-fé é muito perigosa, é uma abertura a todo o tipo de vigarices. Por boa-fé, a gente confia, e o finório aproveita-se sempre dessa circunstância.

Por que, você desapareceu? Sem avisar a quem mais queria ter você por perto, que está de braços abertos, pra te abraçar.

O tempo é a extensão da criação e a extensão da mente.

Não faz sentido olhar para trás e pensar: devia ter feito isso ou aquilo, devia ter estado lá. Isso não importa. Vamos inventar o amanhã e parar de nos preocupar com o passado.

Nós precisamos da fantasia para sobreviver porque a realidade é muito difícil.

Tinha certezas imóveis e, no entanto, agora tenho certezas muito mais imóveis. São estátuas para a eternidade. E, no entanto, a eternidade onde estiver ri-se de mim. Aquilo que é certo, factual, inquestionável, é que devia ter percebido antes, devia ter ouvido as vozes que tentavam avisar-me daquilo que era evidente, daquilo que é evidente agora.

As pessoas passam anos na escola para ter um salário, que, no melhor dos casos, não passa de um salário de merda.

Há péssimas qualidades que dão grandes talentos.