Eu tenho essa coisa estranha de achar que se eu dormir com alguém, ele vai tirar minha criatividade pela vagina.

As mais belas jóias, sem defeito, com o uso o encanto perdem.

Não adianta vir me prometendo o céu, suas declarações de amor não vão me conquistar.

Escuto o silêncio que há em mim e basta.

Aqui também essa desconhecida
e ansiosa e breve coisa
que é a vida

Vou contar a estória. Nem isso, pedaços da estória. Pedaços rasgados como as nossas vidas. Juntamos os bocados, mas nunca completa.

Evidente: evidente para o próprio e para mais ninguém.

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.