Por vezes a palavra representa um modo mais acertado de se calar do que o silêncio.

Não tenho vergonha de dizer que estou triste, não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios e não morrem nunca…

Muita gente estraga a vida com um doentio e exagerado altruísmo.

Talvez seja esta absurda fraqueza uma das nossas piores inclinações: porque# há alguma coisa mais estúpida do que suportar um peso que se que deixar no chão?, odiar a existência e ao mesmo tempo se aferrar a ela? e enfim, acariciar a serpente que nos devora até que nos tenha comido o coração?

A imaginação é o paraíso dos afortunados, e o inferno dos desgraçados.

O respeito pela liberdade do espectador só tem igual no respeito do autor por si próprio. Porque é por respeito por si próprio que ele não se comove nem se ri, a não ser pelo que sobra ou é um excedente da sua vontade de rir e de se comover. É da sua estabilidade ou «indiferença» que transborda o que há-de comover ou fazer rir os outros.

Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha.

Não veio lágrima, o dia já vinha e só tua ausência foi que ficou.

Nas ilusões da vida, encontrei a morte, na realidade da morte, descobrir a vida.