No caminho, um táxi passou a toda velocidade, determinado, numa poça d’água e encharcou seu terno. Nem se abalou. Continuou andando no mesmo ritmo, olhos voltados para a calçada como que procurando uma solução. Sem dinheiro para se manter, teria que voltar em muito breve para o Brasil…
O fogo para o grande ladrão, o cárcere para o que rouba um pão.
Não se preocupe, não tenha pressa. O que é seu, encontrará um caminho para chegar até você. Deus não demora, ele capricha.
Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo.
Ando me preocupando demais por alguém que tá longe de merecer qualquer tipo de afeto.
Comece – ironicamente – seguindo o conselho de quem deixou de te amar. Cuide de você.
Porque aprendi que, a vida apesar de bruta é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola.
Linhas paralelas se encontram no infinito. O infinito não acaba. O infinito é nunca. Ou sempre.
Ah, meu amor, meu peito ainda bate pela certeza – meio incerta – de que um dia tudo passa.
E à noite eu ainda te espero, mesmo quando sei que você não virá, só para ter saudade.
E você não sabe quantos sorrisos eu já dei só de pensar em você.
Dormir para evitar enlouquecer.
Sabe de uma coisa? Eu desisto das pessoas.
Eu tenho medo, não quero correr riscos mas agora só existe um jeito e esse jeito é correr o risco.
A gente enfeita o cotidiano – tudo se ajeita.
Prometo a mim mesmo nunca mais ouvir, nunca mais ter a ti tão mentirosamente próximo, e escapo brusco para que percebas que mal suporto a tua presença.
De vez em quando dá uma saudade na gente dessas coisas. São todas coisas simples. Meio bobas, muito bonitas.
Olha, eu sei que o barco está furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Sem pensar em mais nada, fecho os olhos para esquecer. Dorme, menina, repito no escuro, o sono também salva. Ou adia.