Deus colocou a criança sob a tutela dos pais para que eles a conduzam no caminho do bem, e lhes facilitou a tarefa ao conceder à criança uma constituição frágil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões.
A cada nova existência, o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal.
Possuímos em nós mesmos pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.
O corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte; a alma nenhuma parte toma nisso. Os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito que se vê chegar o termo do seu exílio.
“A educação, se bem compreendida é a chave do progresso moral.
Os espíritos, em se depurando pelas encarnações sucessivas, perdem o egoísmo, como perdem suas outras impurezas.
Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem.
Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.
A felicidade dos espíritos é sempre proporcional à sua elevação.
O primeiro controle é, incontestavelmente, o da razão, ao qual é preciso submeter, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos.
Os obstáculos ao cumprimento da lei divina decorrem dos preconceitos sociais e não da lei civil.
Depende do homem amenizar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser sobre a Terra.
O homem é um Deus para os animais, como outrora os espíritos foram deuses para os homens.
Todo o sentimento que eleva o homem acima da natureza animal, anuncia a predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal.
Toda a paixão que aproxima o homem da natureza animal, o distancia da natureza espiritual.
A fé robusta traz a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer-se os obstáculos, tanto nas pequenas como nas grandes coisas. A fé que é vacilante traz a incerteza, a hesitação, das quais se nutrem os obstáculos que se quer vencer, ela não procura os meios de vencer, porque não crê poder vencer.
Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca, se procura tomar vingança.
Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um de ver seus direitos respeitados.