Frases para Pensar

Oh, se os livros falassem, quantas ignorâncias haviam de dizer que consultam com eles de noite, os que de dia se publicam grandes letrados.

O fim para que os homens inventaram os livros foi para conservar a memória das coisas passadas contra a tirania do tempo e contra o esquecimento dos homens, que ainda é maior tirania.

Nós (portugueses) temos a nossa desunião, a nossa inveja, a nossa presunção, o nosso descuido e a nossa perpétua atenção ao particular.

O merecimento da esmola não consiste em que a comam aqueles para quem a dais, senão em que vós a deis para que eles a comam.

Quem quer mais que lhe convém, perde o que quer e o que tem.

Os Portugueses não se contentam com se lhes der o pão partido# hás-lhes de dar todo o pão, sob pena de não ficarem contentes. Daqui se segue que nunca é possível que o estejam.

Mas temo eu a Portugal os perigos da opulência, que os danos da necessidade.

Mais para temer é um homem desarmado, com entendimento, que todas as feras armadas, sem ele.

Nenhuma coisa trazemos os homens mais esquecida e desconhecida, nenhuma trazemos mais detrás de nós, que a nós mesmos.

O erro porque muitas vezes se não acertam as eleições dos ofícios, é porque se buscam os homens grandes nas casas grandes, e eles estão escondidos nas casas pequenas.

A inclinação mais natural, mais viva, e que mais fortes e profundas raízes tem lançado na natureza humana é o desejo ou apetite da glória.

Mas dá quem despreza o que espera, que quem dá o que possui.

Não depende a grandeza, para a ruína, mais que de si mesma.

Os dois nervos da guerra são gente e dinheiro.

As coisas grandes não se acabam de repente# há mister de tempo e todas têm seu tempo.

A diligência na guerra é tudo para com efeito se alcançar vitória.

Mas se conquistam os reinos com a guerra civil dos próprios, que com a guerra viva dos estranhos.

A mim não me faz medo o pó que hei-de ser# faz-me medo o que há-de ser o pó.

A natureza fez o comer para o viver e a gula fez o comer muito para o viver pouco.

Quem pode mostrar em sua mão os despojos, sempre tem por si a presunção da vitória.

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