Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
A Imaginação é a memória que enlouqueceu.
Eles passarão, eu passarinho.
Não sejas muito justo, e nem utilize sua sabedoria mais que o necessário, para que não venhas a ser estúpido.
Entre o olhar suspeitoso da tia e o olhar confiante do cão, o menino inventava a poesia…
Não, a pior tragédia não é a que tomba inesperada, rápida, definitiva e única como um raio e que pode ser atribuída a castigo divino…Mas a que se arrasta quotidianamente, surdamente, monótona como chuva miudinha.
A vida é o dever que trouxemos para fazer em casa.
Poesia, uma maneira de falar sozinho.
Há ilusões perdidas mas tão lindas que a gente as vê partir como esses balõezinhos de cor que nos escapam das mãos e desaparecem no céu. Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá. Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é Es-pe-ran-ça…
E se o que tanto buscas só existe em tua límpida loucura – que importa?
Isso, exatamente isso, é o teu diamante mais puro!
O espírito é variável como o vento, mais coerente é o corpo, e mais discreto… Mudaste muita vez de pensamento, mas nunca de teu vinho predileto…
Deixem o outro mundo em paz! O mistério está aqui!
Velhice – A vida em preto-e-branco.
A verdadeira coragem consiste, apenas, em não nos importarmos com a opinião dos outros. Mas como custa!
Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora… desta vida…
Infância – A vida em tecnicolor.
As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade.
Não sei dançar. Minha maneira de dançar é o poema.
O verso é um doido cantando sozinho. Seu assunto é o caminho. E nada mais! O caminho que ele próprio inventa..