Não podemos ter medo de não saber. O que devemos recear é o não termos inquietação para passarmos a saber.
Frases para Refletir
A aversão pelo erro é o mais grave dos erros. É tão vital errarmos como acertarmos. Devemos afastar o medo de errar. Devemos manter o gosto por experimentar, mesmo cometendo falhas. A natureza foi evoluindo graças ao erro básico que é a mutação. Se os genes nunca falhassem não haveria a diversidade necessária para a continuidade da Vida.
Só se escreve com intensidade se vivemos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos, mas de ser vivido por sentimentos.
Só se conta uma história que seja bonita se tivermos prazer nesse empreendimento.
O escritor é um ser que deve estar aberto a viajar por outras experiências, outras culturas, outras vidas. Deve estar disponível para se negar a si mesmo. Porque só assim ele viaja entre identidades. E é isso que um escritor é – um viajante de identidades, um contrabandista de almas. Não há escritor que não partilhe dessa condição: uma criatura de fronteira, alguém que vive junto à janela, essa janela que se abre para os territórios da interioridade.
Qual é a responsabilidade do escritor para com a democracia e com os direitos humanos? É toda. Porque o compromisso maior do escritor é com a verdade e com a liberdade. Para combater pela verdade o escritor usa uma inverdade: a literatura. Mas é uma mentira que não mente.
Que a imaginação te engorde e a matemática te emagreça.
É a bondade um supremo entender.
O escritor não é apenas aquele que escreve. É aquele que produz pensamento, aquele que é capaz de engravidar os outros de sentimento e de encantamento.
O que nos interessa sobretudo na História seria dar conteúdo atual, ou melhor, conteúdo eterno ao que acaba por aparecer como um empoeirado, como um arqueológico episódio do passado.
Muito do que escrevo pode parecer profundo por ser atrapalhado.
Um mundo arrumado é apenas o palco para o grande espetáculo, de que até hoje tivemos apenas um ou outro raro exemplo, da plena criação em todos os domínios, arte, ciência, filosofia, porventura vida também.
O que não se adquire pelo sofrimento para nada vale na ordem mais profunda das coisas.
Homem com ócio tende a fazer o que não lhe aproveita nem a ele nem aos outros.
Quem insiste sobre o lado intelectual das religiões esquece-se de que só eleva e só é religiosa no sentido mais profundo da palavra aquela discussão ou inquisição de ideias que assenta sobre uma prévia aceitação.
Nenhuma das grandes religiões se estabeleceu jamais por meio da intelectualidade. A ela acodem sempre mais tarde os intelectuais, não em busca de mais intelectualidade, mas na esperança de encontrar aquele caminho de vida e aquela ressurreição que os seus sistemas puramente filosóficos lhes não podem dar.
O drama da Igreja e do mundo de hoje é que pouca gente, dentro dela e dele, vai menos por uma metafísica da Providência do que por uma física, uma física muito pragmática, da Previdência.
Somos, ao contrário do que é hábito dizer-se, não uma sociedade de consumo, visada ao consumidor, mas uma sociedade de produção, virada ao produtor e seus interesses.
Creio que o mundo em nada nos melhora, que nascemos estrelas de ímpar brilho, o que quer dizer, por um lado, que nada na vida vale o homem que somos, por outro lado, que homem algum pode substituir a outro homem.
Acreditar num Deus provado seria tão relevante como acreditar na tabuada.