Na própria precisão com que outras passagens lembradas se oferecem, de entre impressões confusas, talvez se agite a maligna astúcia da porção escura de nós mesmos, que tenta incompreensivelmente enganar-nos, ou, pelo menos, retardar que prescrutemos qualquer verdade. (Nenhum, nenhuma)
Alegre, embora física e metafisicamente só, sentia o universo. Chovia-se-lhe.
A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro, defeito esse que me entorpece
Representar é aprender a viver além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade.
Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. Viver é muito perigoso…
Fino, estranho, inacabado, é sempre o destino da gente.
Viver é uma questão de rasgar-se e remendar-se.
Sertão: estes seus vazios.
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
A vida é feita de poucas certezas e muitos dar-se um jeito.
“””Mãe, o que é que é o mar, Mãe?”” Mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagoa enorme, um mundo d´água sem fim, Mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. “”Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade?”””
A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba.
Viver — não é? — é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver mesmo.
Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia…
Vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por dentro.
Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase# e os todos sacrifícios. Ou — amigo — é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.
O de hoje é um dia que comprei fiado.
Mas, onde é bobice a qualquer resposta, é aí que a pergunta se pergunta.
Tudo é real,por que tudo é inventado.
Qual o caminho da gente? Nem para frente nem para trás: só para cima. Ou parar curto quieto. Feito os bichos fazem. Viver… o senhor já sabe: viver é etcétera…