Gravo a realidade brasileira do povo faminto e marginalizado. Cada um entende de um jeito. O importante é vender. Artista bom é aquele que vende, segundo o mercado. Veja a frase ‘tem coca aí na geladeira’, frase que todo mundo diz, mas como é o Bezerra que canta, então sujou.
Em transação de malandro não se põe areia e se tentar atrasar a coisa fica feia.
Não preciso fazer a cabeça, eu já nasci com ela.
Quando a música é feita por pobre, analfabeto ou crioulo, eles dizem que é pagode. Eu não aceito isso!
Se vocês estão a fim de prender o ladrão. Podem voltar pelo mesmo caminho. O ladrão está escondido lá embaixo Atrás da gravata e do colarinho.
Dizem que sou malandro, cantor de bandido e até revoltado. Porque canto a realidade de um povo faminto e marginalizado.
Alguns jornalistas, agora, me fazem perguntas cretinas. E eu respondo cretinamente.
Não foi lá que mataram Jesus Cristo?
A minha vida profissional não se converteu. Será que Jesus vai querer que eu abra mão do meu ganha-pão, que no meu caso é a música? Não!
O Sol nasceu pra todos, todos os colegas são bons. Cada um tratando de si. Eu acredito que o meio está pra todo mundo. Graças a Deus, muitos colegas estão fazendo sucesso. Um sambista carrega a bandeira do samba.
Quando a malandragem é perfeita ela queima o bagulho e sacode poeira.
Malandro é malandro, mané é mané.
Fé no Senhor é sempre fazer o bem e passar pra mais alguém as boas novas de Jesus.
Cada um na sua área, cada macaco em seu galho, cada rei no seu baralho,
A inveja é a arma do incompetente.
Pra quem sabe ler um pingo é letra.
Porque duas fases positivas quando se encontram só dá explosão.
Eu conheço uma pá de otário metido a malandro que anda gingando, crente que tá abafando, e só aprendeu a falar: Como é que é? Como é que tá?
Malandro demais vira bicho.
Quem defende bandido é advogado.