Frases de Sinceridade

Passou de leve a Alegria pelo meu coração… O Amor, dentro em meu ser, como um jardim, floria… Como é triste, meu Deus, esta recordação!

Passou de leve a Ventura pelo meu coração…

Como foi que passou, se a busco com loucura, sentindo-me infeliz por deseja-la em vão?

A divisa imortal de cavaleiro traço em campo negro. E, após, visto a armadura de aço. Preme a cota, a luzir, o meu peito desnudo.

Noites de junho… O caboré com frio, ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando…

E, ao o vento, as folhas lívidas cantando a saudade imortal de um sol de estio.

Saudade! Asa de dor do pensamento! Gemidos vãos de canaviais ao vento…

As mortalhas de névoa sobre a serra…

Saudade! O Parnaíba – velho monge

As barbas brancas alongando… E, ao longe, o mugido dos bois da minha terra…

O elmo à cabeça, a espada à cinta, a lança ao braço, desço ao pátio e cavalgo o meu corcel sanhudo, e ele, a resfolegar, indiferente a tudo, rasga, como um fuzil, a escuridão do espaço.

Levo a lira no arção. Impassível e forte, no solar do Não Ser, ante o perfil da Morte, cantarei a balada augusta e soberana

De cavaleiro errante menestrel transeunte…E aonde vou? Aonde vou? Ainda há alguém que o pergunte?– Busco a Jerusalém remota do Nirvana…

Eu sou tal qual o Parnaíba: existe dentro em meu ser uma tristeza inata, igual, talvez, à que no rio assiste ao refletir as árvores, na mata…

O seu destino em retratar consiste; porém o ri todo que retrata, alegre que era, vai tornando triste no fluído espelho móvel de ouro e prata…

Vive, mata e produz, nessa faina enfadonha; E, o fascinante olhar a arder como uma joia, morre na própria teia, onde trabalha e sonha.

E juntando a essa voz o glorioso murmúrio de minha fronde e abrindo ao largo espaço os véus, ir com ela através do horizonte purpúreo e penetrar nos céus;

Ser palmeira, depois de homem ter sido! est’alma que vibra em mim, sentir que novamente vibra, e eu a espalmo a tremer nas folhas, palma a palma, e a distendo, a subir num caule, fibra a fibra;

E à noite, enquanto o luar sobre os meus leques treme, e estranho sentimento, ou pena ou mágoa ou dó, tudo tem e, na sombra, ora ou soluça ou geme, e, como um pavilhão, velo lá em cima eu só

Que bom dizer então bem alto ao firmamento o que outrora jamais – homem – dizer não pude, da menor sensação ao máximo tormento quanto passa através minha existência rude!

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