Frases Filosóficas

No dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual: a fome!

É quatro horas. Eu já fiz almoço – hoje foi almoço. Tinha arroz, feijão e repolho e linguiça. Quando eu faço quatro pratos penso que sou alguém. Quando vejo meus filhos comendo arroz e feijão, o alimento que não está no alcance do favelado, fico sorrindo à toa. Como se eu estivesse assistindo um espetáculo deslumbrante.

Deixei o leito furiosa. Com vontade de quebrar e destruir tudo. Porque eu tinha só feijão e sal. E amanhã é domingo.

O Estado está presente ali apenas para reprimir.

Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar, eu escrevia. Tem pessoas que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário.

Os brancos de agora já estão ficando melhor para os pretos. Agora, eles atiram para amedrontá-los, antigamente atiravam para matá-los.

As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de veludos, almofadas de cetim. E quanto estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo.

Sem saudade de você, sem saudade de mim, o passado passou enfim.

A gaveta da alegria, já está cheia de ficar vazia.

Rede ao vento se torce de saudade sem você dentro.

Depois que um corpo comporta outro corpo, nenhum coração suporta o pouco.

Dentro do jardim o dia chega mais cedo ao fim.

Ribeirão Preto onde se ouve cheiro de vagalumes.

Correndo risco a linha do corpo ganha seu rosto.

Minha casa o sapo já sabe entrar e sair.

Tantos outonos em uma paisagem chuva nos pinheiros.

Lua quase cheia por trás das nuvens nos olhos do cão.

Entre velhas páginas uma folha ainda verde da casa antiga.

Ano que termina areia cheia conchas mínimas.

Folha seca sobre o travesseiro acorda borboleta.

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