Em cada instante das nossas vidas temos um pé nos contos de fadas e o outro no abismo.

Eu era muito tímido, reservado, tinha medo daquilo que dizia, medo que aquilo não fosse certo. Mas sobre o que era cinema, sabia muito bem o que queria e o que não queria, muito mais do que agora! Agora tenho mais dúvidas. O mundo mudou, as coisas mudaram e eu também mudei.

Mas se conquistam os reinos com a guerra civil dos próprios, que com a guerra viva dos estranhos.

Eu, que não digo
Mas ardo de desejo
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir.

Há um traço de bondade no homem que pode estar enterrado ou escondido, e que surge então, sem se esperar.

Aquele que persegue duas coisas de uma só vez não alcança uma delas e deixa a outra escapar.

Sim, curvo-me ante a beleza de ser às vezes zombo de mim mesmo ao término de uma inteligente e aguçada constatação. Ermitão do insólito, poeta da dúvida entretanto duvido a dúvida por ser dúvida fruto de uma premissa lógica mas nego, afirmo e não duvido de nada prisioneiro sem grade desse silêncio eterno.

A inocência genuína rende-se; não sabe defender-se.

Neste lugar, não há pedacinhos. Todo o tempo, a partir daqui, são eternidades.