foi sempre, a noitinha, o meu grande calvário onde sobem devagarinho, em passos lentos, todas as minhas dores de muitos anos, todas as mágoas que me têm dado, e é nesta hora que eu rezo o meu verso, não sei de que soneto: “”Ergue-se a minha cruz dos desalentos””.”

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Minha alma me parecia tão vasta e pura quanto a cúpula do céu que me envolvia.

Dizer bobagens areja a alma.

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A infância que já não existe presentemente, existe no passado que já não é.

Vê mais longe a gaivota que voa mais alto.

Quando uma civilização se abandona toda ao materialismo, e dele tira, como a nossa, todos os seus gozos e todas as suas glórias, tende sempre a julgar as civilizações alheias segundo a abundância ou a escassez do progresso material, industrial e sumptuário.

Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos – não porque sejamos justos mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruem sobre o que para elas somos.

Em quanto eu penso tanto entendo que é mais fácil não pensar, e o que era certo eu aprendi a sempre questionar.

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