Vinde, olhos belos, vinde; e, enfim, trazendo do rosto de meu bem as prendas belas, dai alívios ao mal, que estou gemendo. Mas ah, delírio meu, que me atropelas! Os olhos que eu cuidei que estava vendo, eram (quem crera tal) duas estrelas!
Amor tirano, onde há resistência mais se apura.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano a que dava ocasião minha brandura, nunca pude fugir ao cego engano.
Destes penhascos fêz a natureza o berço em que nasci: oh, quem cuidara que entre penhas tão duras se criara uma alma terna, um peito sem dureza!
Grutas, troncos, penhascos da espessura, se o meu bem, se a minha alma em vós se esconde, mostrai, mostrai-me a sua formosura!
Minha escrita é contaminada pela condição de mulher negra
O banzo renasce em mim.
Do negror de meus oceanos
a dor submerge revisitada
e luas marcantes de um
tempo que aqui está.
O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais”
Eu não nasci rodeada de livros e, sim, rodeada de palavras
esfolando-me a pele
que se alevanta em sóis
pede e clama na chama negra
o desejo de retomar
e a mulher da aldeia
que lhe queima entre as pernas
que o vento espalhou pelas ruas…