O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos só em nós mesmos ou só nos outros.
Eu quero a memória acesa depois da angústia apagada.
Porque aqui na face da terra só bicho escroto é que vai ter!
Bichos escrotos, saiam dos esgotos.
Meu lar, meu jantar, meu nobre paladar.
Sem você vivo sofrendo.
“Sem você vivo sofrendo pelos “”buteco”” bebendo, arrumando confusão…”
Ser corno ou não ser, eis a minha indagação.
Você é muito fogosa.
Você é muito fogosa tão bonita e carinhosa, do jeito que eu sempre quis.
Minha coisinha gostosa.
Ratos entrem nos sapatos dos cidadãos civilizados.
Pulgas que habitam minhas rugas.
Sou corno mas sou feliz…
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Baratas me deixem ver suas patas.
Em mim, não vejo começo nem fim.
Navego pela memória sem margens.
Faz-te sem limites no tempo.
Eu? Bebo o horizonte!