Frases Gerais

A obra de arte é primeira obra, depois obra de arte.

Odiamos o que quase somos.

Nada é, tudo se outra.

Sinto, por vezes, um temor espantado das minhas inspirações, dos meus pensamentos, compreendendo quão pouco de mim é meu.

Os meus sonhos são um refúgio estúpido, como um guarda-chuva contra um raio.

Não será a morte – até, talvez, fisiologicamente vista – uma espécie de nascimento – o nascimento, talvez, do que era incompleto numa forma completa ou pura?

A vida é a hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final.

Todos os problemas são insolúveis. A essência de haver um problema é não haver solução. Procurar um facto significa não haver um facto. Pensar é não saber existir.

Amar é cansar-se de estar só: é uma cobardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).

A inspiração poética é um delírio equilibrado (mas sempre «um delírio»).

Há sensações que são sonos, que ocupam como uma névoa toda a extensão do espírito, que não deixam pensar, que não deixam agir, que não deixam claramente ser.

Reduzir as necessidades ao mínimo, para que em nada dependamos de outrem.

A timidez é o mais vulgar de todos os fenómenos. O que há de mais vulgar em todos nós é termos medo de sermos ridículos…

O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito, a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros.

Manda quem não sente. Vence quem pensa só o que precisa para vencer.

Ser austero é não saber esconder que se tem pena de não ser amado. A moral é a má hipocrisia da inveja.

Não haja medo que a sociedade se desmorone sob um excesso, de altruísmo. Não há perigo desse excesso.

Os psiquiatras sabem (às vezes) como trabalha o espírito doente, mas não como trabalha o espírito são.

Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, por que não sonhar os meus próprios sonhos?

Duvido, portanto, penso.

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