Frases Gerais

Que é o amor? A necessidade de sair de si. O homem é um animal adorador. Adorar é sacrificar-se e prostituir-se. Assim, todo amor é prostituição.

O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice.

Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer – sem a poesia, jamais.

Sou apaixonado pelo mistério, porque sempre tenho a esperança de desvendá-lo.

O homem que só bebe agua, tem um segredo a esconder.

O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar.

O amor é um crime que não pode acontecer sem cúmplice!

Há uma terra que se parece contigo, onde tudo é belo, rico, tranquilo e honesto, onde a fantasia ergueu e decorou uma China ocidental, onde a vida é doce de respirar, onde a felicidade se une ao silêncio. É lá que devemos ir viver, é lá que devemos ir morrer!

É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

A arte é uma prostituta insaciável.

Que há de mais absurdo que o progresso, já que o homem, como está provado pelos fatos de todos os dias, é sempre igual e semelhante ao homem, isto é, sempre em estado selvagem.

Que demônio benévolo é esse que me deixou assim envolto em mistério, em silêncio, em paz e perfumes?

Parece-me que sempre estaria bem lá onde não estou, e essa questão de mudança é uma das que não cesso de discutir com minha alma.

Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.

Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfectá-lo, e então fez o casamento.

Deus é o único ser que, para reinar, nem precisa existir.

A gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso à frase.

Como os finais de tarde outoniços são penetrantes! Ah! Penetrantes até a dor!

Ali, tudo é ordem e perfeição. Luxo, calma, e sensação.

Só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos.