A morte a morte explode.
Frases para Pensar
E os seus fragmentos caem na viração e o que ela foi na pedra se consome.
Abandonei-me ao vento como um grão.
O barulho das ondas afugenta o que restou de mim sob o rochedo.
Sem a opressão dos ganhos, utensílio, abandonei-me. E assim fiquei conciso, eterno. Mas o amor guardou meu nome.
Aqui ficam as coisas. Amar é a mais alta constelação.
Os sapatos sem dono tripulando na correnteza-espaço em que deitamos.
As minhas mãos telhado no teu rosto de pombas.
Os corpos circulando na varanda dos braços. É a mais alta constelação.
Amar na luz ou à sombra de um cometa, com o tempo fugível, fugitivo.
Abandonei-me ao vento. Quem sou, pode explicar-te o vento que me invade.
E já perdi o nome ao som da morte, ganhei um outro livre, que me sabe.
Amar com as horas todas, aturdindo os corpo nus, as almas, os sentidos.
E perceber que a amada está fluindo até o som, e aos peixes perseguindo.
E é por isso que neles vou descendo e não sei se é amor, que já me invade, ou por ele que morro em toda a parte.
Ou terei de morrer, se já me fogem as vagas de um viver, que à vida solvem, apenas por estar com o amor fluindo.
Nossa sabedoria é a dos rios. Não temos outra. Persistir.Ir com os rios, onda a onda.
As alegrias juntam-se as tristezas e o carpinteiro que fabrica as mesas, faz também os caixões do cemitério.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija!
Numerar sepulturas e carneiros, reduzir carnes podres a algarismos, tal é, sem complicados silogismos, a aritmética hedionda dos coveiros!