Aborrecemo-nos quase sempre com quem não podemos aborrecer-nos.
Frases Recentes
A humildade é a verdadeira prova das virtudes cristãs: sem ela conservamos todos os nossos defeitos, que apenas permanecem encobertos pelo orgulho que os esconde dos outros e, muitas vezes, de nós mesmos.
Geralmente, só louvamos de boa vontade aqueles que nos admiram.
Há boas qualidades que degeneram em defeitos quando são naturais e outras que nunca são perfeitas quando adquiridas. É preciso, por um lado, que a razão nos faça obreiros do nosso bem e da nossa confiança# é preciso, por outro, que a natureza nos dê bondade e coragem.
As violências que nos fazem, ferem-nos por vezes menos, que as violências que fazemos a nós mesmos.
Qualquer que seja a tendência do mundo para julgar mal, ele perdoa mais frequentemente o falso mérito do que faz justiça ao verdadeiro.
Estamos mais perto de amar quem nos odeia, que aqueles que nos amam mais do que queremos.
Não poderemos conservar por muito tempo os sentimentos que devemos a amigos e benfeitores, se nos permitirmos falar dos seus defeitos demasiadas vezes.
Geralmente, o que nos impede de mostrar o fundo da nossa alma aos nossos amigos não é tanto a desconfiança que temos deles, como a que temos de nós.
Pode dizer-se do humor dos homens, como de qualquer edifício, que tem diversos lados, uns agradáveis, outros desagradáveis.
Estamos muito longe de conhecer todas as nossas vontades.
A moderação não pode ter o mérito de combater a ambição nem de a submeter# elas nunca andam juntas. A moderação é a languidez e a preguiça da alma, tal como a ambição é a sua atividade e o seu ardor.
Os humores do corpo seguem um curso regular e ordenado, que afecta e altera imperceptivelmente a nossa vontade: deslocam-se juntos e exercem sucessivamente um império secreto sobre nós, de tal modo que participam consideravelmente nas nossas acções sem que o possamos saber.
É difícil amar aqueles que não estimamos# mas não o é menos amar aqueles que estimamos muito mais que a nós.
Muita gente menospreza o bem, mas poucos sabem praticá-lo.
Quase toda a gente sente prazer em retribuir pequenos favores# muitos sentem-se reconhecidos a medíocres# mas não existe quase ninguém que não seja ingrato em relação aos grandes.
Fez-se da moderação uma virtude para limitar a ambição dos grandes homens e para consolar os medíocres, não só da sua pouca fortuna como do seu fraco mérito.
É tão honesto ser vaidoso consigo mesmo, como é ridículo sê-lo com os outros.
O extremo prazer que sentimos em falar de nós mesmos devia fazer-nos recear não dar nenhum a quem nos escuta.
Nada lisonjeia mais o nosso orgulho que a confiança dos grandes, porque a olhamos como uma consequência do nosso mérito, sem pensar que, na maior parte das vezes, se deve à vaidade ou à incapacidade de guardar um segredo.