Frases de Roland Barthes

Na distância imprecisa, meu amor, ignoramos de nós sequer a latitude.

A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.

A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa.

Toda a lei que oprime um discurso esta insuficientemente fundamentada.

No fundo a Fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas quando é pensativa.

A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.

Assim é a Foto: não pode dizer o que ela dá a ver.

A foto-retrato é um campo cerrado de forças. Quatro imaginários aí se cruzam… diante da objetiva, sou ao mesmo tempo, aquele que a fotografia me julga e aquele de que se serve para exibir sua arte.

Michelet morre quando não trabalha (quantas declarações a respeito!) –isso significa que tudo nele é preparado para construir a história como um alimento.

Vimos ele próprio ameaçado pela poesia como por um inferno natal, e aspirando à prosa como a uma libertação decisiva, a qual permitiria devorar a história e formar com ela um mesmo tecido.

A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.

O fascismo não é impedir-nos de dizer, é obrigar-nos a dizer.

Ciúme: Sentimento que nasce no amor e que é produzido pelo medo que a pessoa amada prefira um outro

Toda a recusa duma linguagem é uma morte.

Os carros hoje são quase equivalentes às grandes catedrais góticas: a suprema criação de uma era, concebida com paixão por artistas anÕnimos e consumida – como imagem ou na prática – por toda uma população que se apropria deles como objetos mágicos.

Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.

A Fotografia não fala (forçosamente) daquilo que não é mais, mas apenas e com certeza daquilo que foi.

O que a fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.

Escrever é sacudir o sentido do mundo.

Como termina um amor? – O quê? Termina? Em suma ninguém – exceto os outros – nunca sabe disso; uma espécie de inocência máscara o fim dessa coisa concebida, afirmada, vivida como se fosse eterna.

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