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O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais”
O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais”
Do negror de meus oceanos
a dor submerge revisitada
e luas marcantes de um
tempo que aqui está.
que se alevanta em sóis
pede e clama na chama negra
o desejo de retomar
Eu não nasci rodeada de livros e, sim, rodeada de palavras
esfolando-me a pele
e a mulher da aldeia
que lhe queima entre as pernas
que o vento espalhou pelas ruas…
a água não me escorre
O banzo renasce em mim
de recolher para
o seu útero-terra
as sementes
basta o meio tom do soluço
tenho as mãos em concha