Frases de Inspiração

Antigamente o que oprimia o homem era a palavra calvário; hoje é salário.

O maior espetáculo do pobre da atualidade é comer.

A amizade do analfabeto é sincera. E o ódio também.

Eu sou negra, a fome é amarela e dói muito.

Quem inventou a fome são os que comem.

Depois que eu vi num hotel em São Paulo um show de rock pela televisão, nunca mais eu critiquei os cantores medíocres brasileiros. Qualquer porcaria como a Banda Calypso ainda é melhor que qualquer banda de rock.

Na minha família quem não é doido junta pedra pros doidos jogar no povo.

Sigo tendo pena de nossos adversários aqui em Pernambuco, porque eles não sabem o que é felicidade, porque felicidade é torcer pelo Sport.

Não me preocupo muito em ter ou não uma posição como artista. Literatura para mim não é mercado. É a minha festa, é onde eu me realizo. Digo sempre: arte é missão, vocação e festa. Não me venham com essa história de mercado.

Não tenho medo (da morte). Só tenho medo de morrer sem terminar um livro que eu esteja escrevendo; e não ter uma morte limpa. Eu quero pelo menos uma morte limpa.

Ave Musa incandescente do deserto do Sertão! Forje, no Sol do meu Sangue, o Trono do meu clarão: cante as Pedras encantadas e a Catedral Soterrada, Castelo deste meu Chão!

Nobres Damas e Senhores ouçam meu Canto espantoso: a doida Desaventura de Sinésio, O Alumioso, o Cetro e sua centelha na Bandeira aurivermelha do meu Sonho perigoso!

Lá no interior eu era mais feliz, tinha paz mental. Gozava a vida e não tinha nenhuma enfermidade. E aqui em São Paulo, eu sou poetisa!

Poeta, por que choras? Que triste melancolia. É que minh’alma ignora o esplendor da alegria. Este sorriso que em mim emana, a minha própria alma engana.

“Quando Jesus disse para as mulheres de Jerusalém “”Não chores por mim. Chorai por vós”” suas palavras profetizavam o governo do Senhor Juscelino. Penado de agruras para o povo brasileiro. Penado que o pobre há de comer o que encontrar no lixo ou então dormir com fome. Você já viu um cão quando quer segurar a cauda com a boca e fica rodando sem pegá-la? É igual o governo Juscelino!”

(…) quando percebi que eu sou poetisa fiquei triste porque o excesso de imaginação era demasiado.

Não digam que fui rebotalho, que vivi à margem da vida. Digam que eu procurava trabalho, mas fui sempre preterida.

Digam ao povo brasileiro que meu sonho era ser escritora, mas eu não tinha dinheiro para pagar uma editora.

Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres que residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por isso que eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.

Quando eu vou na cidade tenho a impressão de que estou no paraíso. Acho sublime ver aquelas mulheres e crianças tão bem vestidas. Tão diferentes da favela. As casas com seus vasos de flores e cores variadas. Aquelas paisagens há de encantar os visitantes de São Paulo, que ignoram que a cidade mais afamada da América do Sul está enferma. Com as suas úlceras. As favelas.

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