Homem: um animal tão perdido na contemplação voluptuosa daquilo que pensa que é que se esquece de refletir sobre aquilo que deveria ser. A sua atividade principal é o extermínio dos outros animais e da sua própria espécie, que, no entanto, se multiplica com tal rapidez que já infesta todo o mundo habitável.
Cortesia: pedir desculpa a um indivíduo por estar no meio do caminho e ter sido alvejado por uma bala que ele disparou para acertar noutra pessoa. A forma mais aceitável de hipocrisia.
Coragem: admitir que se é um cobarde.
Conselho: a menor moeda de troca.
Uma insanidade passageira, curável pelo casamento.
Casamento: Uma comunidade que consiste em um homem, uma mulher e um(a) amante, num total de duas pessoas.
Consolação é o facto de saber que alguém melhor que nós estamos mais infeliz do que nós.
A morte não é o fim. Resta sempre a luta pelo espólio.
Epitáfio é uma inscrição num túmulo que mostra que as virtudes adquiridas pela morte têm efeito retroativo.
Ditador é o chefe de uma nação que prefere a peste do despotismo à praga da anarquia.
Ousadia. Uma das qualidades mais notáveis de um homem em segurança.
Hospitalidade: virtude que nos obriga a alimentarmos e alojarmos certas pessoas que não precisam de alimentos nem de alojamento.
Imaginação: um armazém de factos gerido em parceria pelo poeta e pelo mentiroso.
Ambição: um desejo irresistível de ser vilipendiado por inimigos enquanto se está vivo e ridicularizado por amigos quando se está morto.
Alegria: uma sensação agradável provocada pela contemplação da miséria dos outros.
Monumento: uma estrutura que tem como objetivo comemorar algo que não precisa de ser comemorado ou que não pode ser comemorado.
Instrução: o tipo de ignorância que distingue o estudioso.
Ofício: o que um tolo arranja para substituir a inteligência.
Mortalidade: a parte da imortalidade que já conhecemos.
Opor: dar uma ajuda com obstruções e objecções.