Ouvi Roberto Carlos pra saber como fazer 

O amor indómito, fremente e tempestuoso é um naufrágio que se ama, uma dor com que se brinca, e, enfim, um delírio honroso em qualquer criatura.

É no ínfimo que eu vejo a exuberância.

Quando o nosso mérito diminui, o nosso gosto diminui também.

Somos jovens quando temos muito para amar, anda-se pelos dias à procura de um motivo e quando o encontramos percebe-se que não há motivos, apenas urgência, o tempo a derreter-se entre os dedos e o futuro curto para o espaço que os sonhos ocupam.

Controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez, vou ficar. Ficar com certeza maluco beleza.

É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias.

As nossas paixões são os principais instrumentos da nossa conservação.

A gente acha que não vai aguentar, mas aguenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa.