Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?

Sentado aqui, a escrever à minha mesa, com as minhas canetas e lápis etc., de repente me sobrevêm o mistério do universo e paro, tremo, temo, desejo neste momento deixar de sentir, esconder-me, bater com a cabeça na parede. Feliz aquele que pode pensar em profundidade, mas sentir assim tão em profundidade é uma maldição. Como poderei descrevê-lo? Horror sobre horror…

Come para viver e não vivas para comer.

Quando uma pessoa quer muito acreditar numa coisa, é fácil reunir provas da sua existência.

As mulheres bonitas não têm que ter ciúmes dos seus maridos. Estão demasiado ocupadas com os ciúmes que têm dos maridos de outras mulheres.

O perdão não implica reatar uma relação com alguém, voltar a partilhar o que quer que seja com essa pessoa ou falar de novo com ela. Perdoar significa um estado de paz sempre que nos lembramos dela, falarem dela ou, eventualmente, se trocarmos olhares com ela.

Que eu sem bens e sem casa, vagabundo, mal coberto c’o manto da indigência, já não temo da morte o horror profundo.

Com muito pouco trabalho, seria útil; é negligenciada, e por isso torna-se daninha. Então arranca-se. Quantos homens se assemelham à urtiga! (…) Não há nem ervas más nem homens maus. Só há maus cultivadores.

Os seus amigos o conhecerão melhor no primeiro minuto que se conhecerem do que os seus conhecidos o conhecerão em mil anos.