A vida é nova e anda nua vestida apenas com o teu desejo!

O amor não é saudável, o amor não é razoável, o amor não é sensato. O amor é para ser aquilo que não tem razão, aquilo que não explicação, aquilo que te tira da tua mão.

Todo excesso traz, em si, o germe da autodestruição.

Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria fazer com que amássemos uns aos outros, mas não faz. Somos aterrorizados e esmagados pelas trivialidades, somos devorados por nada.

Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia e na perspectiva da vida futura ergui em carne viva sua arquitetura não sei bem se é casa se é torre ou se é templo (um templo sem Deus) mas é grande e clara pertence a seu tempo – entrai, irmãos meus!

Não vejo mais em você a pessoa que eu amei demais.

… e a noite com o seu negro mistério roto de astros.

O choro foge sem vestígios, mas deixando náufragos dentro! 

Já estive aqui antes e voltarei outra vez, mas não terminarei esta viagem.