A loucura em que tenho andado com raparigas apesar de todas as minhas dores de cabeça, insónias, cabelo grisalho, desespero. Vou contá-las: pelo menos seis desde o Verão. Não consigo resistir, se não cedo fico literalmente com a língua de fora, e admiro todas as que são admiráveis, e amo-as até acabar a admiração. Perante as seis a culpa que sinto é quase só interior, embora uma das seis se tivesse queixado de mim a uma pessoa.

Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida.

As idéias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, recebi-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar das idéias deles, quais seriam as idéias que você usaria?

Sei a minha sina.

A poesia é tudo o que há de íntimo em tudo.

A arte não pode ser política, nem sujeição social, nem glosa duma ideia que faz época# nem mesmo pode estar de qualquer forma aliada ao conceito «progresso». É algo mais. É o próprio alento humano para lá da morte de todas as quimeras, da fadiga de todas as perguntas sem solução.

Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada não bordaram ainda com desenhos finos a trama vã de nossos míseros destinos, é que nossa alma arriscou pouco ou quase nada.

aquela que emudecida,

Como para a cercá-la minha alma a procura. Meu coração a procura, e ela não está comigo.