Nós, os homens, que nos julgamos inteligências de gravata, somos ridiculamente arrogantes da nossa superioridade. Imaginamo-nos criaturas privilegiadas com dois sentidos mais que o homem simples, sincero como a natureza o produziu, e nu dos enfeites da arte, que formam uma segunda natureza, com a qual falseamos todas as propensões ingénuas da primeira. É bem tola a nossa soberba!

Nenhum homem é tão bom como o seu partido o apregoa, nem tão mau como o contrário o representa.

Ninguém é mais arrogante em relação às mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do que o homem que duvida de sua virilidade. 

Uma mulher apaixonada só recebe bem as censuras da sua consciência.

Nós temos olhos que se abrem para dentro, esses que usamos para ver os sonhos.

Admiram-se às vezes certas pessoas de que um autor medíocre seja normalmente o triunfador do seu tempo. Mas o autor medíocre é que é admirado pelos medíocres. E a mediocridade é o que há de melhor distribuído pelos homens.

Um corpo quer outro corpo, uma alma quer outra alma e seu corpo. Este excesso de realidade me confunde.

Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas ruins encontrarão um modo de contornar as leis.

O prazer nunca é tão bom quanto o esperado e dor é sempre mais dolorosa. A dor no mundo sempre tem maior peso que o prazer. Se você não acredita, compare os respectivos sentimentos de dois animais, um dos quais está comendo ao outro.