Eu acho que no artista, e mesmo fora do artista, na vida, o subconsciente resolve muita coisa e trabalha tudo. E de vez em quando atira uma coisa para o consciente. Está tudo guardado nessa grande mala que herdamos, que vem no sangue.

Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.

O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?

Estratégia para ele ligar no dia seguinte: esquecer os brincos na cômoda.

Passou. Pronto. Virei o disco, troquei de músicas, me renovei comigo mesma. Me enxergo mais pronta, me descobri mais inteira, mais leve para sentir, mais provada de aromas, mais minha. Hoje sou muito mais Eu-para-mim, do que Eu-para-nós.

É fácil converter os outros. E é muito difícil converter-se a si mesmo.

O campo, na verdade, só é agradável com família, e toda a árvore é triste se na sua sombra não brinca uma criança.

As pessoas tentam comprar o amor com suas posses, mas o dinheiro, se compra o mundo, não compra o sentido da vida.

Onde morre a vergonha nascem os expedientes desonrosos.