Vamos terminar o hoje com uma boa lembrança.

O sentimento mais artificial posto num verso maravilhosamente feito é uma obra de arte: o mais verdadeiro grito de paixão num alexandrino desajeitado é uma sensaboria. Só há Beleza onde há Ordem.

Todos somos candidatos à tranquilidade imperturbável, mas, para tanto, temos de lutar e vencer a mais dura das batalhas, na guerra com nós mesmos, que carece de vigilância permanente para eliminar os inimigos que muito conhecemos: o ódio, a inveja, o ciúme, a discórdia, a maledicência, a vingança, o orgulho, o egoísmo… São frentes de lutas que devemos travar para vencer a nós mesmos e conhecer o terreno sagrado do nosso coração.

Eles conseguem, porque eles acreditam que podem.

A trombeta fatídica da lei que o mundo inteiro escutou: não te reunirás, não te imprimirás, não lerás. Respeito aos que te representam fiel vais pagar o orçamento, vais amar o teu governo que é teu Deus e Senhor

E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem.

Guardamos os segredos ao lado de tudo o que não dizemos. Nesse grande sótão escuro há de tudo, há aquilo que não dizemos por que temos medo, porque temos vergonha, porque não somos capazes; há aquilo que não dizemos porque desconhecemos, ignoramos mesmo, apesar de estar lá, em nós. Os segredos não são assim. Eles estão lá, podemos visitá-los, assistir a eles, sabemos as palavras exatas para dizê-los e, muitas vezes, temos tanta vontade de contá-los. Mas escolhemos não o fazer.

Digamos que há algumas coisas sobre mim com as quais eu luto.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.