Éramos covardes, porque queríamos viver.

O governo transfere para o povo toda sua fúria e sofrimento.

depende de você deixar o sol brilhar!

Não existe um ter, somente um ser – apenas um ser que anseia pelo último alento, pela asfixia.

A vida é crua. Faminta como bico dos corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima, olho d’água, bebida. A vida é líquida.

A angústia invade quer o inquieto, exclusivamente deslumbrado por aquilo que arde com uma luz vaga, quer o poeta cheio de amor pelos poemas que nunca escreveu o seu, quer a mulher apaixonada pelo amor, mas incapaz de devir por não saber escolher.

Noites de junho… O caboré com frio, ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando…

– Responsabilidade de quê? – A responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam.

A recompensa de cumprir uma obrigação é a possibilidade de iniciar outra.