Eu quero depois, quando viver de novo, a ressurreição e a vida escamoteando o tempo dividido, eu quero o tempo inteiro.

Me deparei com a pergunta: por que eu não escrevo mais? Não escrevo mais porque todos os meus textos são sobre você. E eu me cansei disso, digo: de você. Cansei de exaltar suas qualidades e até mesmo inventar algumas. Cansei de escrever sobre a falta que você me fazia e ainda faz, por mais que eu odeie admitir isso. Cansei de escrever pedindo desculpas e sobre sua falta de percepção. Eu preciso seguir com a vida, só que dessa vez, sem você. E pra que isso aconteça, eu preciso desatar esse nó que me prende a você. É por isso que eu não escrevo mais. Não escrevo porque você ficou no passado e infelizmente, o momento qual estou vivendo, se chama presente.

O louvor mais lisonjeiro para a mulher é o mal que se diz das outras.

Namoram-se, Senhora, os Elementos de vós, e queima o fogo aquela nave que queima corações e pensamentos.

Demasiado orgulhoso para se perguntar: seria amado?

A amizade do analfabeto é sincera. E o ódio também.

Somos donos do tempo apenas quando o tempo se esquece de nós.

A fé, esse puro facho que aprisiona o temor, essa palavra de esperança escrita na última página, esse batel no qual pode salvar-se a tripulação…

Seus dentes são lindos, querida. Por que não mandou obturar também o cérebro?