Invejo as flores que murchando morrem, e as aves que desmaiam-se cantando e expiram sem sofrer…
Frases de Alvares de Azevedo
Sou o sonho de tua esperança, tua febre que nunca descansa, o delírio que te há-de matar!
Deixo a vida como deixo o tédio.
A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensanguenta o lodo.
Respiro o vento, e vivo de perfumes no murmúrio das folhas de mangueira# nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.
Meu pobre coração que estremecia, suspira a desmaiar no peito meu# para enchê-lo de amor, tu bem sabia. Bastava um beijo teu!
Pensamento de mãe é como o incenso que os anjos do Senhor beijam passando.
Deus, que eu morra no palco! não me coroem de rosas infecundas a agonia!
Feliz daquele que no livro d’alma não tem folhas escritas. E nem saudade amarga, arrependida, nem lágrimas malditas.
Em negócios de amor, nada de sócios.
Tu és o sol, e eu sou a lagartixa.
Amo-te como o vinho e como o sono, tu és meu copo e amoroso leito…Mas teu néctar de amor jamais se esgota, travesseiro não há como teu peito.
É difícil marcar o lugar onde para o homem e começa o animal, onde cessa a alma e começa o instinto – onde a paixão se torna ferocidade. É difícil marcar onde deve parar o galope do sangue nas artérias, e a violência da dor no crânio.
A saciedade é um tédio terrível
Do meu outono os desfolhos, os astros do teu verão, a languidez de teus olhos inspiram minha canção…
Não há melhor túmulo para a dor do que uma taça de vinho ou uns olhos negros cheios de languidez.
Fala-me, anjo de luz! És glorioso, à minha vista na janela à noite, como divino alado mensageiro ao ebrioso olhar dos froixos olhos (…) A noite vai bela, e a vista desmaia ao longe na praia, do mar!