Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a vossa! Todo o sentido da vida principia à vossa porta; o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa; sois o sonho e sois a audácia, calúnia, fúria, derrota…”
Frases de Sinceridade
Quem nasceu mesmo moreno, moreno de vocação gosta de mar e sereno, de estrela e de violão. Pode até gostar de alguém, Mas nunca deixa a solidão.
Se você errou, peça desculpas… É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
E por perder-me é que me vão lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim.
Se em um instante se nasce e um instante se morre, um instante é o bastante pra vida inteira.
Tentei, porém nada fiz… Muito, da vida, eu já quis. Já quis… mas não quero mais…
A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão.
“Ainda que sendo tarde e em vão, perguntarei por que motivo tudo quando eu quis de mais vivo tinha por cima escrito: “”Não”””
Liberdade de voar num horizonte qualquer, liberdade de pousar onde o coração quiser.
E é nisto que se resume o sofrimento: cai a flor, — e deixa o perfume no vento!
A maior pena que eu tenho, punhal de prata, não é de me ver morrendo, mas de saber quem me mata.
Nunca tive os olhos tão claros e o sorriso em tanta loucura. Sinto-me toda igual às árvores: solítária, perfeita e pura
Encostei-me a ti, sabendo que eras somente onda. Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti. Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino, frágil, fiquei sem poder chorar quando caí.
Pus-me a cantar minha pena com uma palavra tão doce, de maneira tão serena, que até Deus pensou que fosse felicidade – e não pena.
… Um poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu ritmo por onde passa. Se eu nem sei onde estou, como posso esperar que algum ouvido me escute? Ah! Se eu nem sei quem sou, como posso esperar que venha alguém gostar de mim? (Discurso)
a gente sempre acha que é Fernando Pessoa.
Eu não sabia que virar pelo avesso era uma experiência mortal.
Também eu saio à revelia e procuro uma síntese nas demoras cato obsessões com fria têmpera e digo do coração: não soube e digo da palavra: não digo (não posso ainda acreditar na vida) e demito o verso como quem acena e vivo como quem despede a raiva de ter visto.
Ai que enjoo me dá o açúcar do desejo.
É sempre mais difícil ancorar um navio no espaço