Ó minha amada, que olhos os teus. São cais noturnos cheios de adeus. São docas mansas trilhando luzes que brilham longe, longe dos breus… Ó minha amada, que olhos os teus. Quanto mistério nos olhos teus. Quantos saveiros, quantos navios, quantos naufrágios nos olhos teus.
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Não é raro aborrecermos aquelas mesmas pessoas que mais admiramos.
Todos são muito amáveis com A., como quando se procura proteger cuidadosamente uma excelente mesa de bilhar, mesmo de bons jogadores – pelo menos até ao momento em que chega o grande jogador, que examina com precisão a superfície, não tolera nenhum erro precipitado, mas depois, quando ele próprio começa a jogar, tem o mais brutal acesso de fúria.
E só me veja no não merecimento das conquistas. De pé. Nas plataformas, nas escadas.
Ser pobre não é crime, mas ajuda muito a chegar lá.
Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos
A compaixão tem pouco valor se permanece uma ideia# ela deve tornar-se nossa atitude em relação aos outros, refletida em todos os nossos pensamentos e ações.
Há que sentar-se na beira do poço da sombra e pescar luz caída com paciência.
Aprende-se a escrever, lendo. E é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros.
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