Mil acasos me levam a você, o sábado, o signo, o carnaval.

Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado.

Não vai ter crise nenhuma: nem em 2006, nem em 2016, nem em 2026, nem nunca.

Sem ele eu sou só eu, e com certeza não é tão bom quanto ser a gente.

Não seja carrasco de si mesmo. Não coloque metas intangíveis para si, reconheça a sua falibilidade. Mesmo não querendo errar, você falhará muitas vezes. Falhará, talvez, até em lições que já aprendeu. Não se destrua por sentimento de culpa, nem cobre dos outros o que eles não podem dar. Comece tudo de novo quantas vezes for necessário. Aprenda a ser compreensivo e paciente consigo.

Falhaste a vida, é evidente. Mas não o digas. Porque haverá logo quem venha proclamar em alvoroço que tu mesmo afinal confessas que falhaste para o cretino trombeteiro se julgar menos falhado e os cretinos como ele.

Prantos que salvam são os da dor imerecida, os apelos das iniquidades do mundo para o tribunal da Providência.

Brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade.

A não ser que alguém esteja em surto psicótico ou sob intenso efeito de uma droga, ou seja uma criança incapaz de ter consciência de seus atos, o exercício de escolher e utilizar os tijolos da memória está preservado.