Esta vida é uma estranha hospedaria, de onde se parte quase sempre às tontas, pois nunca as nossas malas estão prontas, e a nossa conta nunca está em dia.

O amor é uma ferida que dói, e não se sente;

O tempo de Deus é a eternidade e o tempo dos homens é a esperança da eternidade.

Acaso na própria arte há qualquer defeito e cada arte precisa de outra arte que procure o que lhe é útil, e esta, por sua vez, de outra, e assim até o infinito?

O olho do espírito em parte nenhuma pode encontrar mais deslumbramentos, nem mais trevas, do que no homem, nem se fixar em coisa nenhuma, que seja mais temível, complicada, misteriosa e infinita. Há um espetáculo mais solene do que o mar, é o céu; e há outro mais solene do que o céu, é o interior da alma.

Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se sentir feio!

Ai! Dos teus tristes ais! Ai! Moenda arrependida! — Álcool! para esquecer os tormentos da vida e cavar, sabe Deus, um tormento maior!

Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.  Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras. Pensa que está somente afogando problemas dele, João Silva… Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!

O que impede a entrega a um só vício é termos vários.